SERRA - EM BUSCA DA PRESIDÊNCIA.
José Serra (PSDB) escalou uma série de aliados para, desde a noite de domingo, trabalharem pela aproximação com Celso Russomanno (PRB) e tentar convencê-lo a declarar "neutralidade" no segundo turno.
A operação envolve desde dirigentes do partido de Russomanno até amigos pessoais do candidato, que teve 22% dos votos válidos no primeiro turno e acabou fora da segunda etapa da eleição.
O prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin estão diretamente envolvidos nesse trabalho. Kassab, que já havia intermediado conversas entre Serra e o presidente nacional do PRB, pastor Marcos Pereira, no primeiro turno, voltou a conversar com o dirigente do partido de Russomanno. Os dois se reuniram ontem para falar sobre a atitude do ex-adversário de Serra no segundo turno.
Alckmin, por sua vez, tem mantido contato constante com a cúpula do PTB, principal aliado de Russomanno nesta eleição. O governador esteve anteontem à tarde com Campos Machado e Serra falou no domingo com o vice de Russomanno, Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB).
O PTB negocia apoio a Serra no segundo turno, mas também tem sido usado para sondar os ânimos de Russomanno, assim como políticos que têm relação pessoal com o candidato.
Segundo foi relatado aos tucanos, Russomanno tem manifestado mágoa profunda com o candidato do PT, Fernando Haddad, hoje rival de Serra no segundo turno.
Embora seu partido seja da base do governo Dilma Rousseff, ele não tem demonstrado intenção de manifestar apoio pessoal a Haddad e culpa o candidato petista por sua queda nas pesquisas.
O PSDB espera que esse "amargor" evite que Russomanno declare apoio a Haddad no segundo turno. (DANIELA LIMA)
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